VOLTA DE PASSEIO
Assassinado pelo céu,
entre as formas que vão
para a serpente e as formas
que buscam o cristal, deixarei
crescer meus cabelos.
Com a árvore de tocos
que não canta e o menino
com o branco rosto de ovo.
Com os animaizinhos
de cabeça rota e a água
esfarrapada dos pés secos.
Com tudo o que tem cansaço
surdo-mudo e mariposa
afogada no tinteiro.
Tropeçando com meu rosto
diferente de cada dia.
Asassinado pelo céu !
( tradução: William Agel de Melo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário