quarta-feira, 27 de agosto de 2008

desde jeito, qualquer hora corto os pulsos - hehehehehe

Can't Let Go (tradução)

Mariah Carey
Composição: M Carey
(Não Posso Ir)
Aí está você, segurando a
mão dela
Eu estou perdida
Morrendo pra entender
Não te tratei da forma certa?
Você não sabe que você era minha vida?
Embora eu tente não consigo deixá-lo
Algo em seus olhos
Capturou minha alma
E toda noite eu vejo você em meus sonhos
Você é tudo que eu conheço
Eu não consigo deixá-lo
Apenas rejeitada
Você nem mesmo sabe que estou viva
Você apenas se foi
Não se importando em me ver chorar
E aqui eu estou
Ainda esperando
Não posso aceitar
Meu mundo se foi
Embora eu tente não consigo deixá-lo
Algo em seus olhos
Capturou minha alma
E toda noite eu vejo você em meus sonhos
Você é tudo que eu conheço
Eu não consigo deixá-lo
Você nem imagina a tristeza que tenho aqui dentro
Todos os dias da minha vida
Você sabe o que se sente
Quando tudo que você tem apenas morre?
Eu tento e tento negar que preciso de você
Mas você não sai da minha mente
Não, eu apenas não consigo tirá-lo de minha mente
Eu nunca cosigo dizer adeus
Porque toda noite
Eu vejo você em meus sonhos
Você é tudo que eu conheço
Eu não consigo deixá-lo partir
Embora eu tente
Não posso abandonar algo de que preciso tanto
Você é tudo que eu conheço
Eu não consigo deixá-lo


Can't Let Go

Mariah Carey
Composição: Mariah Carey/Walter Afanasieff
(Ooh... ooh)
Can't let go (ooh)
Oh baby
Ooh ooh, ah yeah
Hmm hmm, hmm hmm hmm, hmm hmm
Oh yeah yeah yeah, yeah
There you are
Holding her hand
I am lost
Dying to understand
Didn't I
Cherish your right?
Don't you know
You were my life?
Even though I try
I can't let go
Something in your eyes
Captured my soul
And every night I see
You in my dreams
You're all I know
I can't let go
Just cast aside
You don't even know I'm alive
You just walk on by
Don't care to see me cry
And here I am
Still holding on
I can't accept
My world is gone, no no
Even though I try
I can't let go
'Cause something in your eyes
(Captured) my soulAnd every night I see
You in my dreams
You're all I know
(I can't) let go
Woah, oh oh
Do you even realize
The sorrow I have inside
Everyday of my life?
Do you know the way it feels
When all you have just dies?
I try and try
To deny that I need you
But still you remain on my mind...
(Even though I try)
No, no (I can't let go)
I just can't get you out of my mind
(Something in your eyes)
I know I can't
Say goodbye (captured my soul)
And every night I see you
(You in my dreams)
You're all I know
I can't let you go (I can't let go)
Even though I try
I can't let go
(Something in your eyes)
Something about you (captured my soul)
That I need so badly (and every night I see)
(You in my dreams)
You're all I know
(I can't) let go...
O Navio Negreiro
I
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço Brinca o luar — dourada borboleta; E as vagas após ele correm... cansam Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar... Do firmamento Os astros saltam como espumas de ouro... O mar em troca acende as ardentias, — Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos Ali se estreitam num abraço insano, Azuis, dourados, plácidos, sublimes... Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas Ao quente arfar das virações marinhas, Veleiro brigue corre à flor dos mares, Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço? Neste saara os corcéis o pó levantam, Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora Sentir deste painel a majestade! Embaixo — o mar em cima — o firmamento... E no mar e no céu — a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa! Que música suave ao longe soa! Meu Deus! como é sublime um canto ardente Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros, Tostados pelo sol dos quatro mundos! Crianças que a procela acalentara No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba Esta selvagem, livre poesia Orquestra — é o mar, que ruge pela proa, E o vento, que nas cordas assobia... ..........................................................
Por que foges assim, barco ligeiro? Por que foges do pávido poeta? Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano, Tu que dormes das nuvens entre as gazas, Sacode as penas, Leviathan do espaço, Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço, Donde é filho, qual seu lar? Ama a cadência do verso Que lhe ensina o velho mar! Cantai! que a morte é divina! Resvala o brigue à bolina Como golfinho veloz. Presa ao mastro da mezena Saudosa bandeira acena As vagas que deixa após.
Do Espanhol as cantilenas Requebradas de langor, Lembram as moças morenas, As andaluzas em flor! Da Itália o filho indolente Canta Veneza dormente, — Terra de amor e traição, Ou do golfo no regaço Relembra os versos de Tasso, Junto às lavas do vulcão!
O Inglês — marinheiro frio, Que ao nascer no mar se achou, (Porque a Inglaterra é um navio, Que Deus na Mancha ancorou), Rijo entoa pátrias glórias, Lembrando, orgulhoso, histórias De Nelson e de Aboukir.. . O Francês — predestinado — Canta os louros do passado E os loureiros do porvir!
Os marinheiros Helenos, Que a vaga jônia criou, Belos piratas morenos Do mar que Ulisses cortou, Homens que Fídias talhara, Vão cantando em noite clara Versos que Homero gemeu ... Nautas de todas as plagas, Vós sabeis achar nas vagas As melodias do céu! ...
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano! Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano Como o teu mergulhar no brigue voador! Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras! É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ... Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais ... Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra, E após fitando o céu que se desdobra, Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . . E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais... Qual um sonho dantesco as sombras voam!... Gritos, ais, maldições, preces ressoam! E ri-se Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus?! Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz? Quem são? Se a estrela se cala, Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz, Perante a noite confusa... Dize-o tu, severa Musa, Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto, Onde a terra esposa a luz. Onde vive em campo aberto A tribo dos homens nus... São os guerreiros ousados Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão. Ontem simples, fortes, bravos. Hoje míseros escravos, Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas, Como Agar o foi também. Que sedentas, alquebradas, De longe... bem longe vêm... Trazendo com tíbios passos, Filhos e algemas nos braços, N'alma — lágrimas e fel... Como Agar sofrendo tanto, Que nem o leite de pranto Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas, Das palmeiras no país, Nasceram crianças lindas, Viveram moças gentis... Passa um dia a caravana, Quando a virgem na cabana Cisma da noite nos véus ... ... Adeus, ó choça do monte, ... Adeus, palmeiras da fonte!... ... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso... Depois, o oceano de pó. Depois no horizonte imenso Desertos... desertos só... E a fome, o cansaço, a sede... Ai! quanto infeliz que cede, E cai p'ra não mais s'erguer!... Vaga um lugar na cadeia, Mas o chacal sobre a areia Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa, A guerra, a caça ao leão, O sono dormido à toa Sob as tendas d'amplidão! Hoje... o porão negro, fundo, Infecto, apertado, imundo, Tendo a peste por jaguar... E o sono sempre cortado Pelo arranco de um finado, E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade, A vontade por poder... Hoje... cúm'lo de maldade, Nem são livres p'ra morrer. . Prende-os a mesma corrente — Férrea, lúgubre serpente — Nas roscas da escravidão. E assim zombando da morte, Dança a lúgubre coorte Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?!... Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas Do teu manto este borrão? Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa... chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu nas vagas, Como um íris no pélago profundo! Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Linda música de Diego Torres - Cantar hasta murir

Cantar Hasta Morir (tradução)
Diego Torres



Quero cantar até morrer
E assim deixar um sinal
E que a luz de minha alma não se apague
Até chegar a você


Quero te dizer a verdade
Essa que ninguém queria falar
A que ilumina a alma que se apaga
Quando se sente mal


O tempo é o dono
Do que pode passar
E suas andanças pela glória
Ou seu triste caminhar.


A final
Nesta vida tudo passa
E pensar que não me alcança a esperança
É grande este caminho
De todos, o destino
Conta comigo para começar a andar


Ainda ficam coisas por dizer
E algumas outras por calar
Mas viverei lutando sempre
Cantando até morrer


Não queria me esquecer
Da consciência ao caminhar
Que me ampare quando seja tarde
E não possa seguir


Sei bem que do mal
Um aprende muito mais
Mas este escuro hoje o céu
Seu pranto servirá


A final
Neste mundo tudo passa
E pensar que não me alcança a esperança
A vida não é um sonho
As penas têm dono
E me pergunto aonde
A alegria viverá


Buscarei alguma resposta sei de pranto, de promessas e dor
Não vou falar mais de sofrimento
Eu vim aqui para deixar um sinal


Quero hoje poder cantar ate de manhã
Outra vez não tenho vontade de esperar
Eu vim aqui para deixar
Eu vim aqui para cantar até morrer


Cantar Hasta Morir
Diego Torres
Composição: Indisponível


Quiero cantar hasta morir
Y asi dejar una señal
Y que la luz de mi alma no se apague
Hasta llegar a ti.


Quiero decirte la verdad
Esa que nadie quiere hablar
La que alumbra el alma que se apaga
Cuando se siente mal.


El tiempo es el dueño
De lo que puede pasar
De tus andanzas por la gloria
O tu triste caminar.


Al final
En esta vida todo pasa
Y pensar que no me alcanza la esperanza
Es largo este camino
De todos el destino
Cuenta conmigo para comenzar a andar.


Aun quedan cosas por decir
Y algunas otras por callar
Pero viviré luchando siempre
Cantando hasta morir.




No me quisiera olvidar
De la conciencia al caminar
Que me ampare cuando sea tarde
Y no pueda seguir.


Sé bien que de lo malo
Uno aprende mucho más
Aunque este negro hoy el cielo
Su llanto servirá.


Al final / en este mundo todo pasa
Y pensar
Que no me alcanza la esperanza
La vida no es un sueño
Las penas tienen dueño
Y me pregunto donde
La alegría vivirá.

Buscaré alguna respuesta
Sé de llanto, de promesas y dolor
No voy a hablar más de sufrimiento,

Yo vim aquí para dejar una señal.


Quiero hoy poder cantar hasta mañana
Otra vez no tengo ganas de esperar.
Yo vine aquí para dejar
Yo vine aquí para cantar hasta morir.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

linda música do Bryan Adams

acho esta música maravilhosamente linda!

Have You Ever Really Loved A Woman? (tradução)

Bryan Adams
Composição: Indisponível
Você Realmente Já Amou Uma Mulher?
Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la
Você precisa conhecê-la profundamente por dentro
Ouvir cada pensamento, ver cada sonho
E dar-lhe asas quando ela quiser voar
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela, realmente, é desejada
Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela é a única
Pois ela precisa de alguém
Para dizer-lhe que vai durar para sempre.
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher?
Para realmente amar uma mulher
Deixe-a segurar você
Até que você saiba como ela precisa ser tocada
Você precisa respirá-la, realmente saboreá-la
Até que você possa sentí-la em seu sangue
E quando você puder ver
Seus filhos que ainda não nasceram
Dentro dos olhos dela
Você saberá que realmente ama uma mulher
Você precisa dar-lhe um pouco de confiança
Segurá-la bem apertado
Um pouco de ternura, precisa tratá-la bem
Ela estará perto de você, cuidando bem de você
Você realmente precisa amar uma mulher...
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher?
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher?


Have You Ever Really Loved A Woman?


To really love a woman, to understand her
You've got to know her deep inside
Hear every thought, see every dream
And give her wings when she wants to fly
Then when you find yourself lying
Helpless in her arms
You know you really love a woman
CHORUS:
When you love a woman
You tell her that she's really wanted
When you love a woman
You tell her that she's the one
'Cause she needs somebody to tell her
That it's gonna last forever
So tell me, have you ever really
Really, really ever loved a woman?.
To really love a woman, let her hold you
'Til you know how she needs to be touched
You've got to breathe her, really taste her
'Til you can feel her in your blood
And when you can see your unborn children in her eyes
You know you really love a woman.
CHORUS:
When you love a woman
You tell her that she's really wanted
When you love a woman
You tell her that she's the one
'Cause she needs somebody
To tell her that you'll always be together
So tell me have you ever really
Really, really ever loved a woman?
You've got to give her some faith
Hold her tight, a little tenderness
You've got to treat her right
She will be there for you, taking good, care of you
You really gotta love your woman, yeah.
And when you find yourself lying helpless in her arms
You know you really love a woman.
CHORUS:
When you love a woman,
You tell her that she's really wanted.
When you love a woman,
You tell her that she's the one.
She needs somebody
To tell her that it's gonna last forever.
So tell me, have you ever really
Really, really ever loved a woman? yeah
Just tell me, have you ever really
Really, really ever loved a woman?
Oh! Just tell me, have you ever really
Really, really ever loved a woman?

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Hino à Pã

Vibra do cio subtil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
De Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Do mar de além
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, com fauno e fera
E ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
Vem com Apolo, nupcial na brisa
(Pegureira e pitonisa),
Vem com Artêmis, leve e estranha,
E a coxa branca, Deus lindo, banha
Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
Manhã malhada da àmbrea fonte!
Mergulha o roxo da prece ardente
No ádito rubro, no laço quente,
A alma que aterra em olhos de azul
O ver errar teu capricho exul
No bosque enredo, nos nás que espalma
A árvore viva que é espírito e alma
E corpo e mente - do mar sem fim
(Iô Pã! Iô Pã!),
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Meu homem e afã!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!
Vem com tambor a rufar à beira
Da primavera!
Com frautas e avenas vem sem conto!
Não estou eu pronto?
Eu, que espero e me estorço e luto
Com ar sem ramos onde não nutro
Meu corpo, lasso do abraço em vão,
Áspide aguda, forte leão -
Vem, está fazia
Minha carne, fria
Do cio sozinho da demonia.
À espada corta o que ata e dói,
Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
Dá-me o sinal do Olho Aberto,
E da coxa áspera o toque erecto,
Ó Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã! Pã.,
Sou homem e afã:
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande! Meu Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Despertei na dobra
Do aperto da cobra.
A águia rasga com garra e fauce;
Os deuses vão-se;
As feras vêm. Iô Pã! A matado,
Vou no corno levado
Do Unicornado.
Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
Sou teu, teu homem e teu afã,
Cabra das tuas, ouro, deus, clara
Carne em teu osso, flor na tua vara.
Com patas de aço os rochedos roço
De solstício severo a equinócio.
E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
Sempiterno, mundo sem termo,
Homem, homúnculo, ménade, afã,
Na força de Pã.
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!

Nota do Editor: "Hino a Pan" é um Poema de Aleister Crowley aqui reproduzido na tradução de Fernando Pessoa.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Reação em Cadeia - Ao Tempo

dor de saudade é dor sem cura!



Ao Tempo

Reação Em Cadeia

Composição: Jonathan Corrêa

Quero um tempo
Pra falar
A respeito de nós dois
Quanta coisa
Quero lhe contar
Não quero deixar
Pra depois
Com você pude aprender
Que a vida é feita pra viver
Estou cansado
Deste lance de sofrer
O tempo vai mudar
As coisas de lugar
O tempo vai curar a dor
Quanta coisa eu faria
Somente por você
Eu vou a pé
Daqui à Lua e
Você nem vai perceber
O silêncio me falou
Deste tempo que passou
Que o tempo
Pode consertar
Aquilo que se quebrou

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Lorca - Romance sonámbulo - 'Verde que te quero verde...'

Romance sonámbulo

Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas.
El barco sobre la mar
y el caballo en la montana.
Con la sombra en la cintura
ella suena en su baranda,
verde carne, pelo verde,
con ojos de fria plata.
Verde que te quiero verde.
Bajo la luna gitana,
las cosas la estan mirando
y ella no puede mirarlas.
Verde que te quiero verde.
Grandes estrellas de escarcha,
vienen con el pez de sombra
que abre camino del alba.
La higuera frota su viento
con la lija de sus ramas,
y el monte, gato garduno,
eriza sus pitas agrias.
Pero quien vendra? y por donde...?
Ella sigue en su baranda,
verde carne, pelo verde,
sonando la mar amarga.
Compadre, quiero cambiar
mi caballo por su casa,
mi montura por su espejo,
mi cuchillo por su manta.
Compadre, vengo sangrando,
desde los puertos de Cabra.
Si yo pudiera, mocito,
este trato se cerraba.
Pero yo ya no soy yo.
Ni mi casa es ya mi casa.
Compadre, quiero morir
decentemente en mi cama.
De acero, si puede ser,
con las sabanas de holanda.
No veis la herida que tengo
desde el pecho a la garganta?
Trescientas rosas morenas
lleva tu pechera blanca.
Tu sangre rezuma y huele
alrededor de tu faja.
Pero yo ya no soy yo.
Ni mi casa es ya mi casa.
Dejadme subir al menos
hasta las altas barandas,
dejadme subir!, dejadme
hasta las verdes barandas.
Barandales de la luna
por donde retumba el agua.
Ya suben los dos compadres
hacia las altas barandas.
Dejando un rastro de sangre.
Dejando un rastro de lagrimas.
Temblaban en los tejados
farolillos de hojalata.
Mil panaderos de cristal.
herian la madrugada.
Verde que te quiero verde,
verde viento, verdes ramas.
Los dos compadres subieron.
El largo viento, dejaba
en la boca un raro gusto
de hiel, de menta y de albahaca.
Compadre! Donde esta, dime?
Donde esta tu nina amarga?
Cuantas veces te espero!
Cuantas veces te esperara,
cara fresca, negro pelo,
en esta verde baranda!
Sobre el rostro del aljibe,
se mecia la gitana.
Verde carne, pelo verde,
con ojos de fria plata.
Un carambano de luna
la sostiene sobre el agua.
La noche se puso intima
como una pequena plaza.
Guardias civiles borrachos
en la puerta golpeaban.
Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas.
El barco sobre la mar.
Y el caballo en la montana.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Linda esta música de Amor, uma das mais belas

Se Que Ya No Volveras

Diego Torres

Composição: Diego Torres

Hoy me pregunté
Por qué el final
De nuestra historia es triste
Si lo que senti fue tan real
Y nunca lo creiste
Y saber de que sirvió lastimarse así
Yo sé muy bien
Dijiste cosas que sabés
No son verdad
Y aunque ya no estas
No olvidaré
Tus marcas quedarán
Sé que ya no volverás
Sé que muy lejos estás
Que buscas otro lugar
Sin mirar hacia atrás
Hoy el tiempo es una señal
Una respuesta a todo
Y dirá si aquel dolor
Que nos hizo mal
Nos hizo bien
Fue parte de crecer
Sé que ya no volverás
Sé que muy lejos estás
Y espero que alguna vez
Puedas ver que te amé
Hoy me pregunté
Por que el final
De nuestra historia es triste
Y si alguna vez te encontraré
Si será bueno verte
Y saber si esta canclón solo es el adiós que se llevó
Lo bueno de este amor.
Sé que ya no volverás
Sé que muy lejos estas
Que buscas otro lugar
Sin mirar hacia atras
Cuanto me cuesta aceptar
Que no pudimos ni hablar
Y espero que alguna vez
Puedas ver que te amé,
Que te amé...

Penelope (Diego Torres)

Penélope, com sua bolsa de pele marrom
e seus sapatos de salto
e seu vestido de domingo
Penélope, se senta em um banco da plataforma de embarque
e espera que chegue o primeiro trem,
movendo o leque
Dizem no povo que um viajante
parou seu relógio
uma tarde de primavera,
adeus amor meu
não chore por mim, voltarei
antes que dos salgueiros caiam as folhas
pensa em mim, voltarei por você
pobre infeliz
que parou seu relógio infantil
uma tarde maçante de abril
quando foi seu amante, murchou seu horto
até a ultima flor
não há nem um salgueiro na rua maior para Penélope
Penélope, triste essa força de esperar
Teus olhos parecem brilhar
Se um trem apita lá longe
Penélope um trás outro, os vê passar
Olha suas caras
Escutam falar para ela são bonecos
Dizem no povo
Que o viajante voltou a encontrou
no seu banco de pinheiro verde
a chamou Penélope minha amante fiel, minha paz
deixa já de tecer sonhos em sua mente
olha-me sou seu amor
regressei estou sorrindo pra você
com os olhos cheios de ontem
não era assim sua cara
nem sua pele
não é quem eu espero
e ficou com sua bolsa de pele marrom
e seus sapatinhos de salto
sentada na estação, sentada na estação

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Linda música do Raul

A maçã

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho

Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar...
Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais...
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar...
Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais..
.Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...
Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...
Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...